domingo, 22 de abril de 2012

Brasil. País da irresponsabilidade



  Um país para ser considerado uma nação, precisa ser mais do que uma porção de terra com uma população.
Uma nação é feita de  um coletivo de educação, responsabilidade, idoneidade, patriotismo e responsabilidade social. E sobretudo, de leis e do cumprimento das mesmas.

  Só no Brasil é que existem “leis que pegam e leis que não pegam”. Leis são feitas para serem respeitadas. E quem não estiver de acordo, que vote na oposição nas próximas eleições. Mas até serem revogadas, precisam ser respeitadas.

  Só no Brasil , temos um “não vi, não ouvi, não sei de nada", por parte de quem deveria sim, ver, ouvir e saber.



Só no Brasil, criam-se órgãos e instituições governamentais de fachada e que regulam aquilo que lhes convém, ou der maior visibilidade política.

  Só no Brasil temos um órgão como o Inmetro ( Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), que fiscaliza produtos nacionais com lupa, no que estou absolutamente de acordo, mas que fecha os olhos para os produtos importados, “não vendo, não ouvindo, não sabendo de nada”.

  A alegação é sempre a mesma. “Não temos condições de fiscalizar todos os portos e aeroportos do país".

  Mas “quem não tem condições não se estabelece”, diz o dito popular. Aprendam a usar eficientemente os recursos à disposição (que não são poucos), como faz o setor privado, ou “baixem as portas”. O Inmetro já tem excrecências do tipo, as letras obrigatórias nas etiquetas de produtos têxteis ser no mínimo três vezes maior que a obrigatória para produtos comestíveis. Afinal uma roupa “pode matar” um alimento não. Vai entender a lógica.

  A lógica, suponho deva passar pelo poder financeiro. Além disto esta instituição tem técnicos que ficam elucubrando alterações na etiquetagem de têxteis a pedido de “grandes organizações do comércio. Por que será?

  Mas por que estou destilando toda esta raiva?

  Hoje meu neto de 8 meses de idade, sofreu um acidente, graças à Deus, mas principalmente graças aos pais, sem maiores conseqüências, devido à um brinquedo importado da China, sem segurança, sem controle de qualidade, sem fiscalização por parte do Inmetro.

  Estamos à mercê de importadores e comerciantes inescrupulosos, que em nome do lucro, não se preocupam com a segurança, saúde ou integridade física de quem adquiri-lo. Provavelmente dirão à quem se ferir, “procure seus direitos”.
 Direitos? Que direitos? Se o brinquedo foi oficialmente importado e “não visto, não ouvido e não sabido” pelo Inmetro.

  E se entrou por importação fraudulenta ou contrabando, aí é caso para a Polícia Federal.  Mas esta deve estar muito ocupada com escândalos mais visíveis politicamente e com muito mais mídia.

  População Brasileira, desconfie de tudo o que comprem. Principalmente o que tenha potencial para ferir ou matar.

Não acreditem que temos órgãos Nacionais e instituições que estão fiscalizando.

Eles não vêem, não ouvem e não sabem de nada.

ACORDA BRASIL

11 comentários:

  1. QUE HORROR, O QUE ACONTECEM, ELE ESTÁ BEM?

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  2. Fiquei feliz em saber que foi só um susto - GAD !, mas estranhei saber que o brinquedo não tivesse o selo do INMETRO - deve ser como vc disse, lei que existe mas não pega !

    Há outras coisas estranhas por aí ... os celulares XING-LING que são emissores de ondas e que vendem às toneladas no importabando, também, obrigatoriamente deveriam ser homologados.

    E as proteses de silicone? a ANVISA também não controlava, será que já esqueceram e já aliviou?

    O mais escabroso no entanto está estampado no Estadão de hoje, o governo criando legislação paralela à lei das concorrencias porque, ele proprio não consegue se ater à legislação que aprovou! O que dizer das empresas então? todo dia tem uma lei diferente infernizando!

    É Fo...guete meu!

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    1. Joe, as coisas no nosso país são as piores possíveis. Se tivesse algum índice que medisse seriedade e responsabilidade, estaríamos no fim da escala.

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  3. Ótimo e oportuno texto, Ronald.
    Essa irresponsabilidade de fazer das nossas fronteiras uma inóspita terra de ninguém, deixando passar o que for, sem critério, sem cuidado e sem vergonha de expor o nosso povo a produtos de baixa qualidade, que poderão causar danos sérios como o caso do seu neto de apenas 8 meses, que poderia ter tido consequências bem mais dolorosas.
    Enquanto uma das nossas eméritas "autoridades" não sofrer esse risco na própria pele, a coisa ficará no marasmo de sempre.
    Veja o novo texto que fiz ontem quando puder http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/3626436

    Abraços e ótima semana!

    Oscar
    www.vidaescrita.com.br

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  4. Excelente texto! É um absurdo e uma irresponssabilidade enorme dessas "autoridades"!

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    1. Obrigado Alessandra. E muito bem colocado "autoridades" entre aspas. Pois de autoridades só possuem o título e régio salário.

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    2. PARABENS PELO TEXTO (COMO TODOS QUE V ESCREVE).
      FELIZMENTE O NETINHO ESTA BEM. ABRAÇOS, VIDINHA

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