sábado, 27 de outubro de 2012
Blog do Ronald Masijah: Da Operação Tartaruga à invasão dos Riquixás
Blog do Ronald Masijah: Da Operação Tartaruga à invasão dos Riquixás: O despreparo dos técnicos e especialistas de diversas profissões hoje em dia é de assustar. Sopas são ministradas na vei...
Da Operação Tartaruga à invasão dos Riquixás
O
despreparo dos técnicos e especialistas de diversas profissões hoje em dia é de
assustar.
Sopas são ministradas na veia do paciente, pois no prontuário dizia
“alimentação parenteral” (melhor teria sido se o entendimento tivesse sido
“Alimentar Parentes”).
Prédios desmoronam por erros primários em reformas
internas de apartamento. Só porque o empreiteiro faltou na aula de vigas.
Os
cursos ministrados pela internet, proliferam. Sabe-se lá quem está ministrando
a aula e muito menos se o aluno está prestando atenção.
É o famoso “o que os olhos
não veem, o coração não sente”.
Imaginem a prova. O aluno jura de pés juntos
que não colou.
Aliás de
provas o país entende. Vide o ENEM, que nunca conseguiu corrigir uma
decentemente. Coitado dos Brasileiros.
Outra
praga que assola a população, é o vírus Operação Tartaruga, mais conhecida nos
meios políticos como Operação Padrão.
Receita Federal, Polícia Federal,
Alfandegários, Médicos e enfermeiros de Hospitais Públicos, Transportes
Públicos e por aí vai.
Alguns
técnicos, inadvertidamente se infectaram irremediavelmente com este vírus, como
é o caso dos técnicos de transito.
Mas justiça seja feita. Os de São Paulo nos
levaram à um honroso 6º lugar no ranking do transito mais caótico no mundo.
Em
pesquisa divulgada pela IBM Commuter Pain, Pequim ficou no topo do Ranking com
o trajeto mais caótico entre casa e trabalho. Mas o Brasil está
“orgulhosamente” representado por São Paulo com este 6º lugar.
Ranking
dos Top Ten
10º
Londres
9º Madrid
8º Buenos Aires
7º Milão
6º SÃO
PAULO
5º Nova Deli
4º Moscou
3º Joanesburgo
2º Cidade do México
1º Pequim
Fonte: IBM Commuter Pain
Com uma
forma simplista de tomada de decisões, nossos técnicos do transito, estão
trabalhando arduamente para conseguir nos levar ao 1º lugar.
Simplista?
Como assim?
Fácil de entender.
Imaginemos
o seguinte. Uma pessoa pode morrer se beber uma quantidade exagerada de água,
então como solucionar?
Simples. Basta proibir a população de beber água.
Uma
pessoa tem indigestão e o estomago pode até estourar, caso coma demais. Solução
do problema?
Proibir a população de comer.
Imaginem a economia. Poderíamos
aumentar nossa receita de exportação, exportando toda a comida do país.
Isto
chama “matar dois coelhos com uma cajadada só”.
Desta
forma simplista, os técnicos do transito estão querendo resolver o problema do
transito em São Paulo e dos acidentes.
No vácuo
da Curva de Laffer, que mostra a arrecadação do governo em relação à taxa
aplicada de impostos, nossos técnicos estão criando, para posterior publicação
na literatura especializada a Curva do CET.
Primeiro,
lembremos que o Governo Federal, provavelmente movido pelo forte lobby dos
fabricantes de motocicletas, liberaram a movimentação das motos por entre os
automóveis, criando como que num passe de mágica a profissão de motoboy.
E pelo
jeito Brasil de ser, criou sem antes regulamentar.
Depois
manteve, como padrão, o péssimo calçamento das vias de transito. Com isto,
procuraram também diminuir uma faixa de rolamento.
Como é? Diminuir?
Sim
diminuir. Já repararam na faixa próxima ao meio fio como ela é esburacada? Conseguiram assim, afastar dela os mais cuidadosos com seus carros.
E os
semáforos que não funcionam quando chove? Eles param de funcionar, os radares
de velocidade não.
Neste
ponto me pergunto por que o protocolo do teste de poluição feito pela Controlar
com nossos carros é feito com o motor no máximo de rpm que o motor pode
atingir?
No nosso transito a velocidade média é de 15 Km/h.
Acho que imaginam
que temos carros de F1.
Lógicamente,
a combinação da “guerra” entre motociclistas e motoristas, tendo ambos os lados, inescrupulosos
em suas fileiras e as péssimas condições das ruas, gerou um aumento exponencial
de acidentes e mortes no transito.
Assim o primeiro técnico de transito, infectado pelo terrível vírus Operação
Tartaruga, imaginou que se fosse limitada a velocidade dos carros (lógico que
das motos não) em 60 Km/h, haveria uma redução no número de acidentes.
Este foi
o pontapé inicial para a criação da Curva da CET.
Em
seguida com mais técnicos sendo infectados, decidiram que já que o número de
acidentes diminuiu com a redução da velocidade, o mais doente de todos, decidiu
que então é melhor baixar para 50 Km/h. Notícia de
25 de outubro no Jornal O Estado de São Paulo.
Lógicamente as motos que não vão respeitar mesmo pois basta cobrir a placa com a mão ao passar por um radar devem estar fora desta norma.
Fiz uma
extrapolação matemática desta nova teoria e tremi.
Se os técnicos chegarem à mesma conclusão que eu, podem ter a brilhante idéia, de que se reduzirmos a
velocidade dos carros à zero Km/h, não haverão mais acidentes.
Pois
vejam as vantagens:
1) Número de acidentes zero
2) Nível de poluição zero
3) Melhora no condicionamento
físico da população que passará a andar somente a pé
4) Geração de emprego nas fábricas
de calçados e de guarda chuvas (chove muito em São Paulo).
5) Fim das multas por excesso de velocidade. Terão que bolar outra fonte de renda.
6) Abertura de diversas fábricas de
Riquixás.
Opa!!!
Riquixas? O que é isto?
É a
brilhante solução de alguns países para solucionar o transito. É uma espécie de
charrete acoplada à uma bicicleta. E para transporte público teremos o Riquixá Bi e Tri articulado (vou patentear esta ideia amanhã mesmo).
Médicos
e pesquisadores de plantão. Achem logo a cura para o terrível vírus que está
acometendo nossos técnicos. Caso contrário vamos todos tomar vitamina na veia
(vitamina de frutas, espero que ao menos coem) e seremos transportados aos
hospitais por Riquixâncias.
ACORDA BRASIL
sábado, 13 de outubro de 2012
Blog do Ronald Masijah: Essence of a Ironman - Tribute to Triathlon
Blog do Ronald Masijah: Essence of a Ironman - Tribute to Triathlon: Não vou falar de política hoje, esperando passar um pouco a overdose do primeiro turno. No meu ultimo blog fal...
Essence of a Ironman - Tribute to Triathlon
Não vou falar de política hoje, esperando passar um pouco a
overdose do primeiro turno.
No meu ultimo blog falei de Ironman (Homem de Ferro). Disse
também que me orgulho em fazer parte desta elite do esporte.
O Triathlon e o
Ironman, ao contrário do que muitos pensam, não exige que se seja um super atleta para participar e completar a prova de
3,8Km de natação, 180Km de ciclismo e 42Km de corrida (uma maratona), isto tudo
dentro de um período entre sete horas da manhã e meia noite do mesmo dia (se
não chegar até meia noite, não se completou a prova).
Exige sim homens,
mulheres, quer sejam jovens, maduros, melhor idade ou idoso com força de vontade e
determinação de vencer desafios, com mente forte para continuar quando o corpo
implora por parar. É uma prova de superação.
Mas é um esporte individual. Você compete muito mais com
você mesmo, seu corpo e sua mente, do que com os outros competidores. Assim você pode não ir bem em uma competição, caso seu corpo não tenha acordado bem,
aquela madrugada.
Entrem no link e assistam e se deletem com o vídeo do
Ironman de Kona no Havaí de 2008.
Ironman World Championships Kona Hawaii 2008
É um esporte que forja amigos de verdade.
O espírito de
união é fortíssimo e latente, antes, durante e depois da competição.
Tem algo melhor do que
após uma dura prova, sair com os amigos, que também competiram, para comemorar?
Por isto digo que os triatletas formam uma tribo.
Que o digam Camilo Muradas, James Alvim, Marcelo Brito,
Paulo Souza, Roberto Skaf, Carlos Ferro, Renato Vinagre, Antonio Sproesser e tantos outros, também
com seus cônjuges.
E esta amizade perdura mesmo caso se afaste do esporte.
Há alguns anos, minha vida, virou de cabeça para baixo.
Perdi o interesse por tudo, inclusive pelo esporte.
Mas o triathlon é um vírus. Não existe remédio contra ele. Pode
ficar adormecido, mas quando menos se espera, volta a agir.
Percebi que estava de novo sendo atacado pelo vírus, quando
estava no aeroporto de Porto Alegre, na volta de uma visita à porção de meu
sangue que lá mora.
Me deparei com um grupo de triatletas voltando de uma
competição, com suas bicicletas e demais equipamentos.
Uma energia, velha conhecida, percorreu minhas veias naquele momento. O
vírus havia acordado de seu período de hibernação.
Paulatinamente, como o nascer do sol, foi voltando minha
testosterona triatlética.
Pouco a pouco, fui me motivando e voltando aos treinos, até
para perder e não mais encontrar, os trinta quilos, minha herança deste
período.
Poucos imaginam, acho que somente os que já o fizeram, a
sensação cósmica de cruzar a linha de chegada de uma competição de Ironman.
Seja super atleta, seja apenas um atleta, uma dona de casa,
um trabalhador, um profissional liberal, um executivo, um deficiente físico, a
experiência é intensa e única.
A sensação de ser um Homem de Ferro, que nem a água do mar
pode enferrujar.
A preparação para a prova, é tão dura e toma tanto tempo,
que coloca à prova até o relacionamento familiar.
Mas para todos eles, esta
sensação ofusca os problemas. A imagem de pais, cônjuges, filhos se
abraçando após a chegada, não tem preço.
Muitos, com suas forças exauridas se arrastam até a linha de
chegada, buscando as últimas energias para fazê-lo. Alguns por motivos
diversos, não logram terminar, mas um Ironman não desiste. Na próxima
competição ele lá estará tentando vencer os desafios.
Não vou resistir à fazer um comentário.
Toda a população
Brasileira pode se considerar um Ironman. À despeito de tudo e de todos (cada
um entenda como quiser), com todas as suas dificuldades, encontra energia para
seguir em frente. E é sem dúvida nenhuma um povo alegre admirado por todo
restante do planeta.
Gostaram? Sentiram uma energia diferente passando pelas suas veias? Então coloquem seus calções de banho, peguem suas bicicletas, calcem seus tenis e me acompanhem.
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