Nadar com tubarões requer, coragem, experiência e
principalmente conhecer seus hábitos para sair de “próximo almoço” deles.
Procurar quem tem o expertise dos mesmos, é imperativo. E ouvi-los. Se disser não
vá agora, é melhor não ir. Mas se depois de ouvir o conselho, resolver ir por
conta própria... leve um arpão.
Não existe quem acorde de manhã e fale, hoje resolvi que vou
nadar com tubarões e, simplesmente, pula na água, sem nem mesmo conhecer suas
variedades e hábitos.
É quase certeza que irá virar café da manhã dos peixes.
É a analogia que faço com a situação de alguns setores
industriais, que estão sofrendo o ataque dos tubarões chineses. Os empresários
vem à tempo, avisando o governo de que o caminho para nadar com eles no mercado
internacional, passa por uma série de medidas que permitam fazer com que a
diferença de habitat a que estaremos expostos, tenha um efeito menos perverso.
Mas até agora, do governo, recebemos um estilingue e um
palito de dentes. Já que sabe-se que com um soco no focinho ele se afasta, é
assim que o governo imagina enfrentar a indústria Chinesa, e as sempre ágeis e
contundentes ações governamentais que dão, à elas, absurda competitividade .
Hoje a matéria é que entre janeiro e fevereiro deste ano,
houve um aumento recorde de importação de vestuário principalmente oriundo da China.
Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram
que, em janeiro e fevereiro, as compras de vestuário de outros países
ultrapassaram US$ 462 milhões, 72,5% mais em relação a igual período de 2011,
quando as importações já haviam batido recordes.
O cenário reflete a valorização do real ante o
dólar, que torna os produtos importados mais baratos, e o crescimento das
vendas das roupas mais em conta da indústria de confecção da China, que
responde por 60% de tudo o que o Brasil compra.
De 33 itens de vestuário pesquisados pela
reportagem no banco de dados do ministério, 11 tiveram aumentos de importação
de mais de 100%.
Vamos aprovar já as medidas que estão mofando nos calhamaços de estudos dos técnicos.
Vamos parar de fazer testes e ensaios. Já vimos que os tubarões não estão para brincadeira. Se acabarem com
todas as nossas indústrias do vestuário, serão tantos os tubarões, que iremos
nos vestir com roupas feitas com nossas peles.
ACORDA BRASIL. ACORDA GOVERNO BRASILEIRO
Excelente, comentário com a foto.Não poderia ser melhor. Parabéns.
ResponderExcluirE o governo continua DORMINDOOOOO.
Dia 4, deveria ser uma passeata na paulista, com todos empresários das industrias textil, para arrebentar a boca do tubarão, e não somente uma manifestação.
Boa sorte
Tem razão deveria mesmo. Mas é que queremos fazer uma manifestação que não interrompa o transito e cause transtornos para a população. Queremos trazer a população para nossa causa.
ExcluirIsto mostra,o quanto que o nosso País não é valorizado, pelo próprio governo.
ResponderExcluirÉ só bla,bla,bla e um jogo de empurra, empurra...e ninguem resolve nada.
De fato, nós brasileiros temos um sério problema quando analisamos o assunto abordado. A questão é: como resolver isso dentro da chamada "economia de mercado"?
ResponderExcluirJoão Lima
João, na economia de mercado cada um, dentro de parâmetros internacionais, se utiliza de diversas armas. todo governo tem "armas" para poder competir comercialmente. O importante é agir. Só não erra, quem não tenta. Aliás erra por não tentar.
ResponderExcluirEnquanto os técnicos ficam pensando...pensando...e pensando, ou outros agem...agem...e agem. E quando nos dermos conta, já era.
João Lima chama bem atenção ao fato da pseudo-economia de mercado. O problema é que a concorrência não é contra empresas, mas sim contra um Estado inteiro travestido de empresas...
ResponderExcluirO ministro Pimentel disse que o setor têxtil do Brasil não consegue competir com a moderna indústria chinesa porque não tem qualidade.Mas, e aí? Ele, enquanto governo, assistirá de camarote a desindustrialização do pais?
ResponderExcluirÉ lamentável que alguém que está ministro da indústria tem tão pouco conhecimento dela. A indústria de confecção do país é das mais modernas do mundo, com trabalhadores muito qualificados, e fazemos moda hoje copiada por outros. As indústrias são super competitivas e eficientes da porta para dentro mas da porta para fora, perdem toda a eficiência e competitividade. E isto graças ao custo Brasil gerado por governos com ministérios despreparados.
ResponderExcluirEnfim, é isto que temos.
Temos que continuar procurando alternativas que preservem nossa economia e, ao mesmo tempo, mantenha-nos livres de denuncias nos organismos internacionais. Na democracia tem que ser assim: através de discussões que busquem construir algum consenso. Temos dois pontos em comum: Precisamos preservar nossa indùstria e comabater a concorrência externa feita de forma predadória. Já passamos por crises piores(inclusive em governos recentes) e sobrevivemos... Vamos em frente. Hoje tem manifestação. Não conseguimos participação de trabalhadores pois os empresários não puderam liberar, alegando que estão no pico de produção e atrapalharia suas empresas........ Só para as entidades de trabalhadores bancarem toda a despesa (trasnporte, indenizar o dia de trabalho perdido, seguro de vida, etc..) fica díficil.
ResponderExcluirDesculpem os erros de digitação no texto anterior.
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