Um
país para ser considerado uma nação, precisa ser mais do que uma porção de
terra com uma população.
Uma
nação é feita de um coletivo de
educação, responsabilidade, idoneidade, patriotismo e responsabilidade social.
E sobretudo, de leis e do cumprimento das mesmas.
Só
no Brasil é que existem “leis que pegam e leis que não pegam”. Leis são feitas
para serem respeitadas. E quem não estiver de acordo, que vote na oposição nas
próximas eleições. Mas até serem revogadas, precisam ser respeitadas.
Só
no Brasil , temos um “não vi, não ouvi, não sei de nada", por parte de quem
deveria sim, ver, ouvir e saber.
Só
no Brasil, criam-se órgãos e instituições governamentais de fachada e que
regulam aquilo que lhes convém, ou der maior visibilidade política.
Só
no Brasil temos um órgão como o Inmetro ( Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia), que fiscaliza produtos nacionais com lupa, no que estou
absolutamente de acordo, mas que fecha os olhos para os produtos importados,
“não vendo, não ouvindo, não sabendo de nada”.
A
alegação é sempre a mesma. “Não temos condições de fiscalizar todos os portos e
aeroportos do país".
Mas
“quem não tem condições não se estabelece”, diz o dito popular. Aprendam a usar
eficientemente os recursos à disposição (que não são poucos), como faz o setor privado,
ou “baixem as portas”. O Inmetro já tem excrecências do tipo, as letras
obrigatórias nas etiquetas de produtos têxteis ser no mínimo três vezes maior
que a obrigatória para produtos comestíveis. Afinal uma roupa “pode matar” um
alimento não. Vai entender a lógica.
A
lógica, suponho deva passar pelo poder financeiro. Além disto esta instituição
tem técnicos que ficam elucubrando alterações na etiquetagem de têxteis a
pedido de “grandes organizações do comércio. Por que será?
Mas
por que estou destilando toda esta raiva?
Hoje
meu neto de 8 meses de idade, sofreu um acidente, graças à Deus, mas
principalmente graças aos pais, sem maiores conseqüências, devido à um brinquedo importado da China, sem
segurança, sem controle de qualidade, sem fiscalização por parte do Inmetro.
Estamos
à mercê de importadores e comerciantes inescrupulosos, que em nome do lucro,
não se preocupam com a segurança, saúde ou integridade física de quem
adquiri-lo. Provavelmente dirão à quem se ferir, “procure seus direitos”.
Direitos? Que direitos? Se o brinquedo foi oficialmente importado e “não visto,
não ouvido e não sabido” pelo Inmetro.
E se
entrou por importação fraudulenta ou contrabando, aí é caso para a Polícia Federal.
Mas esta deve estar muito ocupada com
escândalos mais visíveis politicamente e com muito mais mídia.
População
Brasileira, desconfie de tudo o que comprem. Principalmente o que tenha
potencial para ferir ou matar.
Não
acreditem que temos órgãos Nacionais e instituições que estão fiscalizando.
Eles
não vêem, não ouvem e não sabem de nada.
ACORDA
BRASIL
QUE HORROR, O QUE ACONTECEM, ELE ESTÁ BEM?
ResponderExcluirEstá sim. Acabou sendo um susto muito grande.
ExcluirObrigado
Excelente texto!
ResponderExcluirFiquei feliz em saber que foi só um susto - GAD !, mas estranhei saber que o brinquedo não tivesse o selo do INMETRO - deve ser como vc disse, lei que existe mas não pega !
ResponderExcluirHá outras coisas estranhas por aí ... os celulares XING-LING que são emissores de ondas e que vendem às toneladas no importabando, também, obrigatoriamente deveriam ser homologados.
E as proteses de silicone? a ANVISA também não controlava, será que já esqueceram e já aliviou?
O mais escabroso no entanto está estampado no Estadão de hoje, o governo criando legislação paralela à lei das concorrencias porque, ele proprio não consegue se ater à legislação que aprovou! O que dizer das empresas então? todo dia tem uma lei diferente infernizando!
É Fo...guete meu!
Joe, as coisas no nosso país são as piores possíveis. Se tivesse algum índice que medisse seriedade e responsabilidade, estaríamos no fim da escala.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÓtimo e oportuno texto, Ronald.
ResponderExcluirEssa irresponsabilidade de fazer das nossas fronteiras uma inóspita terra de ninguém, deixando passar o que for, sem critério, sem cuidado e sem vergonha de expor o nosso povo a produtos de baixa qualidade, que poderão causar danos sérios como o caso do seu neto de apenas 8 meses, que poderia ter tido consequências bem mais dolorosas.
Enquanto uma das nossas eméritas "autoridades" não sofrer esse risco na própria pele, a coisa ficará no marasmo de sempre.
Veja o novo texto que fiz ontem quando puder http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/3626436
Abraços e ótima semana!
Oscar
www.vidaescrita.com.br
Obrigado Oscar.
ExcluirE vou ler e comentar seu texto.
Excelente texto! É um absurdo e uma irresponssabilidade enorme dessas "autoridades"!
ResponderExcluirObrigado Alessandra. E muito bem colocado "autoridades" entre aspas. Pois de autoridades só possuem o título e régio salário.
ExcluirPARABENS PELO TEXTO (COMO TODOS QUE V ESCREVE).
ExcluirFELIZMENTE O NETINHO ESTA BEM. ABRAÇOS, VIDINHA