Se Erich
von Däniken conhecer o Brasil a fundo, vai ver que seu livro “Eram os Deuses
Astronautas” não estava correto.
Pelo
menos aqui, parece que “Endeusamos” os automóveis.
Só
se fala em automóveis.
Pelo
menos nos meandros do Governo Federal.
Muito provavelmente em breve vão liberar
verba (aquela que era para educação ou saúde pública) para construção de
Templos de Culto ao Automóvel.
Aliás
tenho uma sugestão complementar.
Quem sabe podemos liberar a verba do Fundo de
Garantia, para compra do automóvel próprio?
Ou quem sabe criar a Bolsa
Automóvel Moradia,
Bolsa Automóvel Alimentação.
E que tal, incluir automóvel na
cesta básica?
Vou
sugerir também a criação do plano Meu Automóvel, Minha Vida.
Gente,
o que este cara tem contra o automóvel, devem estar se perguntando?
Nada.
Absolutamente nada. Também tenho um.
Só
que me incomoda, ver um setor industrial inteiro em dificuldades e o Governo só
pensando em carros.
O
setor Têxtil e Confecção por exemplo, tem uma participação no PIB do país,
muito similar ao da indústria automobilística, algo como 6,8%.
Entretanto
eles representam pouco mais de 6% do emprego gerado no país e nós quase 17%.
Viram a diferença?
Presidente
Dilma, chega.
Nem
ruas e estradas temos para tanto carro.
Sabia que um automóvel importado
precisa receber um reforço na suspensão para andar em nossas ruas?
A
venda de carro, que o governo tanto sonha, está indo de encontro ao muro.
Ao
muro da inadimplência.
Ao muro do enxugamento do dinheiro do mercado.
Mas
provavelmente estas indústrias devem estar colaborando financeiramente com seu
governo, junto com o sistema bancário, que financia a compra dos automóveis.
Presidente
Dilma, Nós somos 30.000 empresas no Brasil, empregamos um milhão e seiscentos mil trabalhadores diretos e mais de seis milhões entre diretos e indiretos.
A
grande maioria (mais de 80%) mulheres. Somos o principal criador de “Primeiro Empregos”.
Para
falarmos com a Sra. pessoalmente é muito difícil. E olha que já tentei várias
vezes, como presidente do Sindivestuário (Sindicato das Indústrias do Vestuário
do Estado de São Paulo).
Mas
para que todos nós 30.000 empresários pudéssemos falar com a Sra. teria que ser
em um estádio de futebol.
Talvez em um destes novinhos em folha que está
construindo para a copa do mundo de 2014.
Entretanto
para falar com a indústria automobilística uma mesa de médio porte é
suficiente.
Tem chance de conhecer à todos pessoalmente e até ganhar mimos como
miniaturas de automóveis.
Se
este for o problema prometo levar lindas miniaturas de roupas também.
Presidente
Dilma, esqueça por um instante os carros.
Pense em tanto trabalhador que irá
perder seus empregos caso nossas indústrias sejam forçadas a fechar ou virar
meras importadoras.
Brasília
não é parâmetro representativo do Brasil.
Sabia
que para falar com o Ministro da Indústria e Comércio é preciso meses de
antecipação e sempre é em Brasília.
Na minha opinião ele deveria estar viajando
pelo país, visitando as indústrias (não somente as automobilísticas),
conversando com os empresários em suas próprias empresas, conversando com os
trabalhadores em seus postos de trabalho, para entender o País.
Sugiro
então que como já tem 39 ministérios, crie o 40º.
Este
não terá sede em Brasília.
Será itinerante.
Passará o tempo todo visitando o
país, mas não o que seus assessores querem mostrar.
O verdadeiro Brasil.
Ok,
está bem. Ele poderá ter uma salinha em Brasília, só com um telefone e um
computador para escrever os relatórios para a Sra.
Podemos
chama-lo de Ministério de Apoio ao Povo Brasileiro.
Ou em siglas, como tanto
gostam, M.A.P.B.
Ele
não terá partido político para apoia-lo, mas também não apoiará governo nenhum.
Só apoiará a população e dela terá apoio.
A
Sra. verá que não é necessário bolsa isto ou bolsa aquilo para ter apoio dela.
Aliás
a Sra. ao menos poderia agradecer à população por financiar as Bolsas todas que
são distribuídas.
Afinal o governo nada mais é do que a instituição de repasse
do dinheiro que lhe entregamos para este fim.
Será que os próprios beneficiários sabem que eles mesmo se financiam ao pagar
os impostos embutidos nos preços dos produtos que compram?
Presidente,
já escrevi uma vez em meu blog, escute os políticos verdadeiros e conscientes
deste país.
Existem sim e conheço muitos deles.
Em todos os partidos.
Infelizmente talvez a proporção
não seja boa e talvez por isto também, estatisticamente, a Sra. ouça mais os
errados.
Se quiser posso citar vários nomes de bons políticos. É só me pedir.
Lhe atenderei imediatamente.
Ah!!!!
Estava me esquecendo.
O
nome do livro que Erich von Däniken irá escrever quando nos conhecer será
ERAM
OS DEUSES AUTOMÓVEIS?
ACORDA BRASIL
Boa Rony !!!tem mesmo que por a boca no trombone !!
ResponderExcluirMas o governo faz "Ouvidos de Mercador". Mas eu sou Ironman. Não desisto rssss.
ExcluirRonald,
ResponderExcluirManda ver, quem não grita não e escutado, trabalhei em empresas do setor AUTOMOBILISTICO, e eles são os que têm juntamente com os BANCOS o maior lobby com o governo
Disso não tenho a menor dúvida.
ExcluirPrecisamos de alguém como você para defender área da saúde, precária tanto para o paciente como para o profissional...será que posso mudar minha profissão para Farmacêutica automobilística?
ResponderExcluirTomara que o sonho de um Brasil para todos se realize.
ResponderExcluirSol
Genial analogia. Realmente tratar com 1/2 dúzia é muito mais simples que com 30 mil... só que o governo não vê que essa 1/2 duzia emprega 1/6 do que emprega o setor de vestuário brasileiro. com certeza isso é resultado da falta de lobby do setor junto aos Órgãos Legislativo e Executivo. Urgente. Let´s go to Brasilia.
ResponderExcluirNo Brasil, a carga fiscal representa aproximadamente 40% do PIB, o que corresponde a +/- US$ 1 trilhao!!! Porem, o que a sociedade recebe de volta efetivamente é pouco, ja que a taxa de investimento anda por volta de 20% do PIB, o resto sao despesas de custeio.
ResponderExcluirSe o governo agisse com racionalidade, reduziria as despesas de custeio, mantendo suas funcoes basicas de educacao, saude, moradia, seguranca, etc. O resultado poderia ser uma reforma fiscal, com reducao dos impostos, fazendo com que sobrasse mais dinheiro em maos privadas para consumo e investimento, reduzindo o preco do produto nacional, aumentando assim a competitividade de nossa industria de transformacao e atrindo mais investimentos.
Menores precos = mais venda
Mais venda = mais producao
Mais producao = mais emprego
Mais emprego = mais renda
Teriamos assim um circulo virtuoso, fazendo o Brasil crescer como deve e como, certamente, pode!
Alem do mais, tendo uma maquina mais enxuta, o governo poderia valorizar o servidor publico, pagando mais que no setor privado e atraindo os melhores e mais brilhantes profissionais do mercado, teriamos assim a tao necessaria qualidade na gestao publica, hj inexistente. Servir ao governo, quer dizer, servir à nacao, seria uma coroacao de carreira, os empregos mais nobres e cobicados, como no Japao.
Mas...neste pais do fisiologismo, onde o que vale é entupir o setor publico com "cumpanheros" e "aliados", onde o vies ideologico cega a racionalidade, tudo isso fica impossivel...
Que pena Brasil...que pena para os Brasileiros que amam o Brasil...
Forte abraço, EL.
Onde vamos parar? A inflação voltou, o PIB tá lamentável, o IDH brasileiro está abaixo os piores países africanos. Com o inchaço do Estado e a corrupção avassaladora vamos parar num buraco fundo!!!! É o resultado da esquerda brasileira no poder!!!!
ResponderExcluirRealmente, Rony a diferença de tratamento é brutal.
ResponderExcluirA sua abordagem está perfeita, atualmente temos um estreitamento de visão do governo federal que nos deixa atônitos, pior, à margem; todas as medidas me parecem populistas, eleitoreiras, haja vista a nova regulamentação das domésticas, a qual, em verdade, não regulamentou nada e deixou à ambas as partes um problema sem solução. Veja bem, sou favorável a regulamentação do trabalho doméstico, mas para o cumprimento de qualquer legislação são necessárias regras claras e exequíveis, permeadas de bom senso, inclusive a matéria será abordada no próximo número da nossa revista, sob o título "O golpe de misericórdia na classe média". Mas, o seu artigo trata de automóveis e, os comentários postados também já dizem tudo, o que me chama a atenção, no caso de São Paulo, é o fato de não existir um plano gestor a curto prazo para alargamento de ruas e avenidas, construção de túneis e, outras medidas que viabilizem o ir e vir de seus munícipes, a cidade já está parada, e são vendidos semanalmente três mil veículos nesta cidade (não conferi a informação), de fato, vivas à indústria automobilística! que venda cada vez mais, mas que os nossos governantes saiam da inércia e comecem rapidinho a pensar nas grandes e pequenas soluções. Maria Thereza
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