sábado, 6 de abril de 2013

ERAM OS DEUSES AUTOMÓVEIS?


Se Erich von Däniken conhecer o Brasil a fundo, vai ver que seu livro “Eram os Deuses Astronautas” não estava correto.

Pelo menos aqui, parece que “Endeusamos” os automóveis.
Só se fala em automóveis.

Pelo menos nos meandros do Governo Federal.

Muito provavelmente em breve vão liberar verba (aquela que era para educação ou saúde pública) para construção de Templos de Culto ao Automóvel.

Aliás tenho uma sugestão complementar. 

Quem sabe podemos liberar a verba do Fundo de Garantia, para compra do automóvel próprio?

Ou quem sabe criar a Bolsa Automóvel Moradia,

Bolsa Automóvel Alimentação. 


E que tal, incluir automóvel na cesta básica?




Vou sugerir também a criação do plano Meu Automóvel, Minha Vida.

Gente, o que este cara tem contra o automóvel, devem estar se perguntando?

Nada. Absolutamente nada. Também tenho um.

Só que me incomoda, ver um setor industrial inteiro em dificuldades e o Governo só pensando em carros.

O setor Têxtil e Confecção por exemplo, tem uma participação no PIB do país, muito similar ao da indústria automobilística, algo como 6,8%.

Entretanto eles representam pouco mais de 6% do emprego gerado no país e nós quase 17%.

Viram a diferença?

Presidente Dilma, chega.

Nem ruas e estradas temos para tanto carro. 
Sabia que um automóvel importado precisa receber um reforço na suspensão para andar em nossas ruas?



A venda de carro, que o governo tanto sonha, está indo de encontro ao muro. 

Ao muro da inadimplência. 
Ao muro do enxugamento do dinheiro do mercado.

Mas provavelmente estas indústrias devem estar colaborando financeiramente com seu governo, junto com o sistema bancário, que financia a compra dos automóveis.


Presidente Dilma, Nós somos 30.000 empresas no Brasil, empregamos um milhão e seiscentos mil trabalhadores diretos e mais de seis milhões entre diretos e indiretos. 

A grande maioria (mais de 80%) mulheres. Somos o principal criador de “Primeiro Empregos”.

Para falarmos com a Sra. pessoalmente é muito difícil. E olha que já tentei várias vezes, como presidente do Sindivestuário (Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado de São Paulo).

Mas para que todos nós 30.000 empresários pudéssemos falar com a Sra. teria que ser em um estádio de futebol. 



Talvez em um destes novinhos em folha que está construindo para a copa do mundo de 2014.

Entretanto para falar com a indústria automobilística uma mesa de médio porte é suficiente. 



Tem chance de conhecer à todos pessoalmente e até ganhar mimos como miniaturas de automóveis.



Se este for o problema prometo levar lindas miniaturas de roupas também.


Presidente Dilma, esqueça por um instante os carros. 





Pense em tanto trabalhador que irá perder seus empregos caso nossas indústrias sejam forçadas a fechar ou virar meras importadoras.

Brasília não é parâmetro representativo do Brasil.

Sabia que para falar com o Ministro da Indústria e Comércio é preciso meses de antecipação e sempre é em Brasília. 

Na minha opinião ele deveria estar viajando pelo país, visitando as indústrias (não somente as automobilísticas), conversando com os empresários em suas próprias empresas, conversando com os trabalhadores em seus postos de trabalho, para entender o País.

Sugiro então que como já tem 39 ministérios, crie o 40º.

Este não terá sede em Brasília. 
Será itinerante.

Passará o tempo todo visitando o país, mas não o que seus assessores querem mostrar. 

O verdadeiro Brasil.

Ok, está bem. Ele poderá ter uma salinha em Brasília, só com um telefone e um computador para escrever os relatórios para a Sra.

Podemos chama-lo de Ministério de Apoio ao Povo Brasileiro
Ou em siglas, como tanto gostam, M.A.P.B.

Ele não terá partido político para apoia-lo, mas também não apoiará governo nenhum. 

Só apoiará a população e dela terá apoio.

A Sra. verá que não é necessário bolsa isto ou bolsa aquilo para ter apoio dela.

Aliás a Sra. ao menos poderia agradecer à população por financiar as Bolsas todas que são distribuídas. 

Afinal o governo nada mais é do que a instituição de repasse do dinheiro que lhe entregamos para este fim.

Será que os próprios beneficiários sabem que eles mesmo se financiam ao pagar os impostos embutidos nos preços dos produtos que compram?

Presidente, já escrevi uma vez em meu blog, escute os políticos verdadeiros e conscientes deste país. 

Existem sim e conheço muitos deles.
Em todos os partidos. 

Infelizmente talvez a proporção não seja boa e talvez por isto também, estatisticamente, a Sra. ouça mais os errados. 

Se quiser posso citar vários nomes de bons políticos. É só me pedir.

Lhe atenderei imediatamente.

Ah!!!! Estava me esquecendo.

O nome do livro que Erich von Däniken irá escrever quando nos conhecer será

ERAM OS DEUSES AUTOMÓVEIS?

ACORDA BRASIL

11 comentários:

  1. Boa Rony !!!tem mesmo que por a boca no trombone !!

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    1. Mas o governo faz "Ouvidos de Mercador". Mas eu sou Ironman. Não desisto rssss.

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  2. Ronald,

    Manda ver, quem não grita não e escutado, trabalhei em empresas do setor AUTOMOBILISTICO, e eles são os que têm juntamente com os BANCOS o maior lobby com o governo

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  3. Precisamos de alguém como você para defender área da saúde, precária tanto para o paciente como para o profissional...será que posso mudar minha profissão para Farmacêutica automobilística?

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  4. Tomara que o sonho de um Brasil para todos se realize.
    Sol

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  5. Genial analogia. Realmente tratar com 1/2 dúzia é muito mais simples que com 30 mil... só que o governo não vê que essa 1/2 duzia emprega 1/6 do que emprega o setor de vestuário brasileiro. com certeza isso é resultado da falta de lobby do setor junto aos Órgãos Legislativo e Executivo. Urgente. Let´s go to Brasilia.

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  6. No Brasil, a carga fiscal representa aproximadamente 40% do PIB, o que corresponde a +/- US$ 1 trilhao!!! Porem, o que a sociedade recebe de volta efetivamente é pouco, ja que a taxa de investimento anda por volta de 20% do PIB, o resto sao despesas de custeio.

    Se o governo agisse com racionalidade, reduziria as despesas de custeio, mantendo suas funcoes basicas de educacao, saude, moradia, seguranca, etc. O resultado poderia ser uma reforma fiscal, com reducao dos impostos, fazendo com que sobrasse mais dinheiro em maos privadas para consumo e investimento, reduzindo o preco do produto nacional, aumentando assim a competitividade de nossa industria de transformacao e atrindo mais investimentos.

    Menores precos = mais venda
    Mais venda = mais producao
    Mais producao = mais emprego
    Mais emprego = mais renda

    Teriamos assim um circulo virtuoso, fazendo o Brasil crescer como deve e como, certamente, pode!

    Alem do mais, tendo uma maquina mais enxuta, o governo poderia valorizar o servidor publico, pagando mais que no setor privado e atraindo os melhores e mais brilhantes profissionais do mercado, teriamos assim a tao necessaria qualidade na gestao publica, hj inexistente. Servir ao governo, quer dizer, servir à nacao, seria uma coroacao de carreira, os empregos mais nobres e cobicados, como no Japao.

    Mas...neste pais do fisiologismo, onde o que vale é entupir o setor publico com "cumpanheros" e "aliados", onde o vies ideologico cega a racionalidade, tudo isso fica impossivel...

    Que pena Brasil...que pena para os Brasileiros que amam o Brasil...

    Forte abraço, EL.

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  7. Onde vamos parar? A inflação voltou, o PIB tá lamentável, o IDH brasileiro está abaixo os piores países africanos. Com o inchaço do Estado e a corrupção avassaladora vamos parar num buraco fundo!!!! É o resultado da esquerda brasileira no poder!!!!

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  8. Realmente, Rony a diferença de tratamento é brutal.

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  9. A sua abordagem está perfeita, atualmente temos um estreitamento de visão do governo federal que nos deixa atônitos, pior, à margem; todas as medidas me parecem populistas, eleitoreiras, haja vista a nova regulamentação das domésticas, a qual, em verdade, não regulamentou nada e deixou à ambas as partes um problema sem solução. Veja bem, sou favorável a regulamentação do trabalho doméstico, mas para o cumprimento de qualquer legislação são necessárias regras claras e exequíveis, permeadas de bom senso, inclusive a matéria será abordada no próximo número da nossa revista, sob o título "O golpe de misericórdia na classe média". Mas, o seu artigo trata de automóveis e, os comentários postados também já dizem tudo, o que me chama a atenção, no caso de São Paulo, é o fato de não existir um plano gestor a curto prazo para alargamento de ruas e avenidas, construção de túneis e, outras medidas que viabilizem o ir e vir de seus munícipes, a cidade já está parada, e são vendidos semanalmente três mil veículos nesta cidade (não conferi a informação), de fato, vivas à indústria automobilística! que venda cada vez mais, mas que os nossos governantes saiam da inércia e comecem rapidinho a pensar nas grandes e pequenas soluções. Maria Thereza

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