Oceano, horizonte, céu, sol
por trás de nuvens escuras. Um reflexo brilhante sobre a água, acentuando o
encapelar do mar e as ondas se formando com a chegada dos ventos.
Uma tormenta se avizinha.
O sol agora apesar de sua
majestade, ofuscado pela presença de seus súditos.
O dia escurece. As ondas
aumentam de tamanho, fazendo o mar bater com força nas rochas que teimosamente
parecem ocupar um lugar que não lhes era destinado.
Chega definitivamente o
vento, fazendo curvar as árvores mais resistentes. Infelizmente as mais jovens,
idosas ou doentes não conseguem resistir e sucumbem.
Sol, nuvem, vento, mar,
rocha, árvores, travam uma brutal competição. O próprio solo se apequena na
tentativa de não ver um pedaço seu, ser tomado pelo mar.
Ser humano nenhum se atreve a enfrentar, apesar
de dominar uma tecnologia que hoje nos parece invencível.
Mas quão frágeis ficamos. Toda
a sua tecnologia e segurança que temos, está calcada em corolários que não conseguem
resistir às terríveis forças da natureza. Coitado de nós.
Deus deve ter se arrependido e ter nos feito à sua imagem e semelhança. Como somos ingenios e teimosos.
Incrivelmente o mais
minúsculo molusco marinho, aquele que não teria a menor chance de sobrevivência
pela ação do homem, resiste , galhardamente à batalha.
Minúsculos peixes,
passeiam um pouco abaixo da superfície enfurecida do mar e à tudo assistem quase que sem alterar seus passeios e procura por alimento.
Os pássaros e os animais com
sua mobilidade não diminuída pelo homem, de a muito já sabiam que esta terrível
batalha, tinha dia e hora para acontecer e foram embora para lugares fora do
alcance do campo de batalha.
Tudo de acordo com a Teoria
da Relatividade de Einstein, após algumas infinitas horas de sangrenta disputa,
o sol encontra uma brecha entre as nuvens e chega para de novo reivindicar sua
forte presença.
As nuvens já exauridas de tanta água que perderam, se desfazem.
Os
ventos exaustos desistem e voltam à sua tarefa diária de polinização. Precisam
refazer as árvores que sucumbiram.
O mar já com sua fúria aplacada, desmonta
seu exército de ondas. Pára de castigar as rochas. Afinal elas não lhe roubaram
nenhum espaço.
Voltam os pássaros e animais quando percebem que mais esta
manifestação de mau humor e intolerância, da natureza, já é coisa do passado. Vão refazer
seus ninhos e habitats.
Incrivelmente os peixes e
moluscos continuam sua vida de tranquilidade, da qual nunca saíram. Na pior das
hipóteses alguns mais jovens deles, tiveram de tomar um pouco de Dramin para não
ficarem enjoados.
Mas para o homem, com toda
sua arrogância, resta a destruição, a frustração. Resta a certeza que nada
consegue produzir que tenha força e energia para desafiar estes Titãs.
Sabe que tudo irá reconstruir,
mas que na próxima batalha, seja em que lugar do planeta for, nada poderá fazer
além de assistir impotente à esta manifestação de força.
Todo marinheiro sabe que
depois de uma tempestade, vem a bonança.
Mas nunca o planeta sofreu
por isto. A troca de energia entre os elementos, sempre foi regeneradora.
Temos muito o que aprender com
a natureza.
Sol, oceanos, rios, ventos,
nuvens, chuva, neve, gelo, icebergs, solo, animais, pássaros, peixes, temos
muito ainda a aprender com eles. Todos tem algo de bom para nos ensinar.
E nós o que temos para
ensina-los? Onde está nossa sabedoria?
Este texto foi escrito em homenagem
à todos que sofreram com o furacão Sandy, sofreram com todos os outros
furacões, tsunamis, terremotos e explosões vulcânicas.
Temos que saber que mais dia
menos dia, outro local do globo será palco de mais um campo de batalha da natureza.
Quanto antes aprendermos com ela, tanto antes iremos
aproveitar estas trocas de energia para também regenerar.
Todos temos que aprender que esta manifestação de força se chama D'us , quando aprendermos a respeita-lo, acima de todas as coisas,tudo será mais facil.
ResponderExcluirRenée
Reflexão sensata, lógica e que tão bem dimensiona o "poderoso e grande" ser humano frente à Natureza, ao mundo, ao Criador de tudo isso.
ResponderExcluirPequenos e destruidores, nós os seres humanos seguimos na egocêntrica e transloucada aventura de queremos nos impor sobre a face da Terra -- e pelo jeito, nosso poder não é outro senão destruir a Terra. A poderosa Terra.
Mas, como vc bem diz, "Quanto antes aprendermos com ela, tanto antes iremos aproveitar estas trocas de energia para também regenerar", e quem sabe não danificar mais esse nosso lar chamado Planeta Terra.
Lindo texto! Excelente comparação!
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