terça-feira, 6 de novembro de 2012

Aprendendo com a batalha das forças da natureza


  Oceano, horizonte, céu, sol por trás de nuvens escuras. Um reflexo brilhante sobre a água, acentuando o encapelar do mar e as ondas se formando com a chegada dos ventos.


  Uma tormenta se avizinha.

  O sol agora apesar de sua majestade, ofuscado pela presença de seus súditos.


  O dia escurece. As ondas aumentam de tamanho, fazendo o mar bater com força nas rochas que teimosamente parecem ocupar um lugar que não lhes era destinado.

  Chega definitivamente o vento, fazendo curvar as árvores mais resistentes. Infelizmente as mais jovens, idosas ou doentes não conseguem resistir e sucumbem.


  Sol, nuvem, vento, mar, rocha, árvores, travam uma brutal competição. O próprio solo se apequena na tentativa de não ver um pedaço seu, ser tomado pelo mar.

   Ser humano nenhum se atreve a enfrentar, apesar de dominar uma tecnologia que hoje nos parece invencível.

  Mas quão frágeis ficamos. Toda a sua tecnologia e segurança que temos, está calcada em corolários que não conseguem resistir às terríveis forças da natureza. Coitado de nós.

  Deus deve ter se arrependido e ter nos feito à sua imagem e semelhança. Como somos ingenios e teimosos.

  Incrivelmente o mais minúsculo molusco marinho, aquele que não teria a menor chance de sobrevivência pela ação do homem, resiste , galhardamente à batalha.

  Minúsculos peixes, passeiam um pouco abaixo da superfície enfurecida do mar e à tudo assistem quase que sem alterar seus passeios e procura por alimento.

   Os pássaros e os animais com sua mobilidade não diminuída pelo homem, de a muito já sabiam que esta terrível batalha, tinha dia e hora para acontecer e foram embora para lugares fora do alcance do campo de batalha.


  Tudo de acordo com a Teoria da Relatividade de Einstein, após algumas infinitas horas de sangrenta disputa, o sol encontra uma brecha entre as nuvens e chega para de novo reivindicar sua forte presença.


    As nuvens já exauridas de tanta água que perderam, se desfazem.

  Os ventos exaustos desistem e voltam à sua tarefa diária de polinização. Precisam refazer as árvores que sucumbiram.

   O mar já com sua fúria aplacada, desmonta seu exército de ondas. Pára de castigar as rochas. Afinal elas não lhe roubaram nenhum espaço.

  Voltam os pássaros e animais quando percebem que mais esta manifestação de mau humor e intolerância, da natureza, já é coisa do passado. Vão refazer seus ninhos e habitats.

  Incrivelmente os peixes e moluscos continuam sua vida de tranquilidade, da qual nunca saíram. Na pior das hipóteses alguns mais jovens deles, tiveram de tomar um pouco de Dramin para não ficarem enjoados.

    Mas para o homem, com toda sua arrogância, resta a destruição, a frustração. Resta a certeza que nada consegue produzir que tenha força e energia para desafiar estes Titãs.

 

   Sabe que tudo irá reconstruir, mas que na próxima batalha, seja em que lugar do planeta for, nada poderá fazer além de assistir impotente à esta manifestação de força.

  Todo marinheiro sabe que depois de uma tempestade, vem a bonança.

   Mas nunca o planeta sofreu por isto. A troca de energia entre os elementos, sempre foi regeneradora.

    Temos muito o que aprender com a natureza.

  Sol, oceanos, rios, ventos, nuvens, chuva, neve, gelo, icebergs, solo, animais, pássaros, peixes, temos muito ainda a aprender com eles. Todos tem algo de bom para nos ensinar.

  E nós o que temos para ensina-los? Onde está nossa sabedoria?

  Este texto foi escrito em homenagem à todos que sofreram com o furacão Sandy, sofreram com todos os outros furacões, tsunamis, terremotos e explosões vulcânicas.

  Temos que saber que mais dia menos dia, outro local do globo será palco de mais um campo de batalha da natureza.

  Quanto antes aprendermos com ela, tanto antes iremos aproveitar estas trocas de energia para também regenerar.




3 comentários:

  1. Todos temos que aprender que esta manifestação de força se chama D'us , quando aprendermos a respeita-lo, acima de todas as coisas,tudo será mais facil.
    Renée

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  2. Reflexão sensata, lógica e que tão bem dimensiona o "poderoso e grande" ser humano frente à Natureza, ao mundo, ao Criador de tudo isso.
    Pequenos e destruidores, nós os seres humanos seguimos na egocêntrica e transloucada aventura de queremos nos impor sobre a face da Terra -- e pelo jeito, nosso poder não é outro senão destruir a Terra. A poderosa Terra.
    Mas, como vc bem diz, "Quanto antes aprendermos com ela, tanto antes iremos aproveitar estas trocas de energia para também regenerar", e quem sabe não danificar mais esse nosso lar chamado Planeta Terra.

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  3. Lindo texto! Excelente comparação!

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