Mea Culpa, nossa Máxima Culpa
Peço Venia (agora só falamos juridiquês) se por acaso ofender
quem quer que seja ou se alguém vestir a carapuça.
Eu mesmo visto a carapuça, pois é uma crítica a mim mesmo.
Tenho certeza que não vai ser necessário discorrer sobre a
calamitosa situação do Brasil.
Economia, desemprego, política, saúde, infraestrutura,
corrupção, segurança, falta de confiança e por aí vai.
E não adianta ficar generalizando como culpados os “políticos”.
Como em tudo na vida existem os bons e os ruins.
Porque na política seria diferente?
Eu mesmo conheço ótimos políticos que estão fazendo o que
lhes é incumbido e conheço os maus.
E o que são os políticos?
Síndicos do prédio. Os nossos prédios são o país, os estados,
os municípios.
Então qualquer político, do presidente da república ao
vereador foram por nós eleitos, como numa reunião de condomínio para cuidar dos
nossos interesses.
É aí que começa o problema.
Os políticos (não todos) passaram a se considerar “Donos do
Prédio”
O síndico de um prédio que seja pintado de azul, por exemplo,
não pode a seu belo prazer pinta-lo de amarelo. E ponto final.
Acontece que como em qualquer reunião de condomínio para
escolha do novo síndico, poucos aparecem. Às vezes só o atual síndico.
Ou seja, todos gostam de reclamar, mas não de fazer.
Percebi há alguns anos que isto acontecia comigo.
Cuidava única e exclusivamente dos meus interesses e dos da
empresa da qual sou sócio.
Era uma delícia ser “pedra e não vidraça”. Eu reclamava,
esbravejava, dizia que ninguém fazia nada.
Até que um dia caí na real.
Se eu não estava satisfeito, por que eu não participava e
tentava mudar algo?
Por que ficar comodamente sentado no sofá só atirando pedras.
Mudei.
Hoje participo de seis entidades de classe e tento fazer o
meu melhor.
Que fique claro, entidades de classe de trabalho
absolutamente voluntário.
Só eu pago com meu tempo, mas não recebo sequer um centavo.
Mas estou fazendo a diferença sim.
Minha remuneração são os cumprimentos depois de seguidas
vitórias conseguidas para o setor.
Obviamente não as nominarei, mas quem me conhece sabe do que
estou falando.
Mas voltando aos síndicos, nós brasileiros somos acomodados.
Sabe o que aconteceria se o voto não fosse obrigatório aqui
no Brasil?
Provavelmente os fiscais de mesa ficariam jogando vídeo game,
pois, a grande maioria da população consideraria aquela data como um ótimo
feriado para viajar.
E depois é só justificar o voto.
Em outros países do mundo, por metade do que tem acontecido
aqui, já teria ocorrido uma Guerra Civil.
Mas aqui tudo é festa.
Alguns ministros do STF, por exemplo, escarneiam de nossa cara e
imediatamente já tem gente, postando piadinha na mídia social.
Milhões, não que milhões nada, fora centenas de bilhões de
Reais desviados do nosso dinheiro e?????
Piadas nas mídias sociais.
Vez por outra alguém posta algo pertinente e já passa a ser
considerado um chato.
O segundo esporte nacional hoje é o compartilhamento de Fake News.
Entendi Rony e daí. O que tem o título do artigo com isto?
Bem, eu não gosto de futebol, aliás acho que só conheço o
Pelé, Neymar e Robinho como jogadores.
Não acho correto só ficar espalhando Fake News.
Então Mea Culpa, por que não me pré candidatei a um cargo
público este ano e tentar fazer a diferença junto aos bons políticos?
Percebi isto nos movimentos populares que começaram com o impeachment
da Presidente Dilma.
Fui indo em todos os movimentos e percebendo que a cada um,
menos pessoas compareciam.
Preferiam ficar na praia ou bebendo com os amigos. Imagino
que pensavam o que posso fazer? Sou apenas um. Alguém vai resolver tudo por
mim.
Fiquei naquelas de acho que tenho que escolher um partido
político, tenho que me filiar e depois como vou tentar me candidatar sem
dinheiro?
E que diferença faz o partido? Óbvio que não pode ser algum
com ideologia radicalmente diferente da minha.
Mas são as pessoas e não os partidos que vão mudar o Brasil.
Fiquei pensando, pensando, pensando e? Acabei não fazendo
nada. Passou o tempo da filiação.
Fiquei rubro de inveja de alguns que como eu, pensaram menos
e agiram mais.
“Nossa Máxima Culpa” porque um exercito de nós deveria estar
tentando se candidatar e fazer a diferença.
Bem a “Mea Culpa” eu vou resolver. Vou parar de tanto pensar
e agir.
Espero que a “Nossa Máxima Culpa” tenha efeito também nos bem-intencionados.
Ganhar ou perder são circunstâncias, mas ninguém mais vai
dizer que não tentei.
Ronald Moris Masijah (Rony)
RG: 3.655.695
CPF: 882.066.708-82
ronaldmm@gmail.com
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