sábado, 15 de dezembro de 2012

Robin Hood às avessas


  Sei que meu blog tem como lema ser um happy hour virtual.

  Também sei que muitos não leem por considera-lo muito político. Mas a verdade é que temos que participar do rumo do país.

  Portanto, escolham suas bebidas e vamos conversar.


  Antes de tudo, devíamos criar o provérbio “De técnico de futebol, médico e político todos temos um pouco”.

  Temos que nos informar do que está sendo feito do o país com o mesmo entusiasmo como nos envolvemos com o rumo de nosso time de futebol ou como sabemos tudo a respeito de medicina.

  O fato é que as coisas no Brasil estão tomando rumos complicados.

  Depois de surfar nas ondas positivas da economia mundial estamos agora em meio a um perigoso maremoto Euro-Americano que provocam ondas imensas que partem do Atlântico Norte e seguem para o Atlântico Sul, criando efeitos devastadores nas economias por onde passam. Lembremos que os oceanos são interligados, com isto ninguém está a salvo.


  Os comandantes dos navios deveriam tomar para si a obrigação de avisar  aos tripulantes e passageiros do perigo, pedir para colocarem os coletes salva-vidas, dar instrução gerais para deixar todos preparados, para que todos possam sobreviver.

  Mas ao contrário, alguns incentivam que todos continuem o jantar de gala e fiquem despreocupados e com isto despreparados.

  Não estou falando do Titanic nem do Posseidon. Estou falando de nós mesmos.

  Apesar de toda a crise mundial, o governo federal continua a deixar de lado a preparação com ensino, saúde e outras necessidades básicas e continua a iludir a população com incentivos às compras através de bolsas isto e bolsas aquilo e reduções artificiais ou provisórias de impostos.

  Um povo preparado para as adversidades necessariamente precisa ser culto e saudável.

 Só que aí o governo precisa mostrar serviço, caso contrário a reclamação maciça e virulenta aflora. Por isto é que estamos em penúltimo lugar em educação comparada com quarenta países que mais crescem economicamente (só vencemos a Indonésia)


  e gasta metade com saúde do que os países mais adiantados.





  Se os efeitos da atual crise já é devastadora em países com uma população mais preparada imaginem o que poderia fazer conosco.

  E olhe que a arrecadação do País não é pequena.

  Só para ter uma ideia, já estamos em R$ 1,5 Trilhões. Não gente, trilhão não é um trilho grande. É um número com tantos zeros depois da vírgula que é até difícil de escrever.

R$ 1.500.000.000.000,00.

  Já pensou o que faríamos com ¼ disto?

  O absurdo é que não fazem praticamente nada com tudo isto.

  Educação...analfabeta, Saúde...doente, Transporte...gado e por aí vai.

  O pior é que ao dizer que não tem “verba para isto“, o que seria obrigação do governo, é empurrada como obrigação para as empresas. Por isto os convênios médicos, cestas básicas, quotas de aprendizes etc...

 Só que obviamente estes custos estão embutidos nos preços dos produtos que a população compra. 


  Com isto todos nós pagamos duas vezes tudo isto.

  E a população mais carente que recebe os “bolsas tudo” devolvem tudo na forma de impostos para os bolsos de quem os presenteou.

  Trabalhamos cinco meses todo ano, para pagar impostos. Isto quer dizer que são cinco meses, que o governo coloca a mão no seu bolso e tira tudo o que ganhou.

  E você que se vire para sobreviver.

  É uma verdadeira sopa de letrinhas de impostos:
IOF, ICMS,  COFINS,  CSLL,  TCFA, ISS, IE, II, IPI, PIS, IR...


  Esta semana uma coisa aconteceu que poderá ser o estopim de uma grande mudança, mas que foi parcamente anunciada na imprensa, ofuscada pelos escândalos de corrupção.

  O Procom conseguiu que seja obrigatório discriminar o valor dos impostos em separado nos preços dos produtos que compramos. O que era escondido a sete chaves pelo governo, será escancarado, como aliás já é na grande maioria dos países ditos desenvolvidos. 

  Agora a população vai começar a entender o quanto realmente paga de impostos e o quanto recebe de volta.

   Afinal entender o significado de um trilhão é coisa para economista.

  Perguntas como onde estão as escolas públicas com ensino de qualidade?



Onde estão os hospitais públicos que deveriam curar a população?


 Onde está o transporte público decente e eficiente?

ecoarão por Brasília.

Com o passar do tempo e a adesão de mais gente gritando, os gritos serão tão altos que com certeza quebrarão os vidros dos majestosos palácios.

  Será a única forma de o governo fazer o que prega às indústrias: sejam mais criativos e eficientes.

  Será obrigado a cortar drasticamente os impostos cobrados da população ou melhorar meteoricamente a qualidade dos serviços sob risco de uma revolução civil.

  Não que eu pregue isto. Mas o que prego, é que defendamos nossos direitos como defendemos nosso time de futebol do coração.

Bebamos à isto.




ACORDA BRASIL

4 comentários:

  1. Parabéns,por essa reportagem. Quem sabe assim,conseguimos alguma mudança.

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  2. Texto excelente, bem escrito e esclarecedor.

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  3. Rony, voce foi demais. Parabens vamos fazer ecoar no Brasil este texto verdadeiro e sensato.

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  4. Ótimo texto! Pena termos que viver nessa realidade!! Bjs Ka

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