Sei
que meu blog tem como lema ser um happy hour virtual.
Também
sei que muitos não leem por considera-lo muito político. Mas a verdade é que
temos que participar do rumo do país.
Portanto, escolham
suas bebidas e vamos conversar.
Antes
de tudo, devíamos criar o provérbio “De técnico de futebol, médico e político
todos temos um pouco”.
Temos que nos informar do que está sendo feito do o país
com o mesmo entusiasmo como nos envolvemos com o rumo de nosso time de futebol
ou como sabemos tudo a respeito de medicina.
O
fato é que as coisas no Brasil estão tomando rumos complicados.
Depois de
surfar nas ondas positivas da economia mundial estamos agora em meio a um
perigoso maremoto Euro-Americano que provocam ondas imensas que partem do Atlântico
Norte e seguem para o Atlântico Sul, criando efeitos devastadores nas economias
por onde passam. Lembremos que os oceanos são interligados, com isto ninguém
está a salvo.
Os
comandantes dos navios deveriam tomar para si a obrigação de avisar aos
tripulantes e passageiros do perigo, pedir para colocarem os coletes salva-vidas,
dar instrução gerais para deixar todos preparados, para que todos possam sobreviver.
Mas ao contrário, alguns incentivam que todos continuem o jantar de gala e
fiquem despreocupados e com isto despreparados.
Não
estou falando do Titanic nem do Posseidon. Estou falando de nós mesmos.
Apesar
de toda a crise mundial, o governo federal continua a deixar de lado a
preparação com ensino, saúde e outras necessidades básicas e continua a iludir
a população com incentivos às compras através de bolsas isto e bolsas aquilo e reduções artificiais ou provisórias de impostos.
Um
povo preparado para as adversidades necessariamente precisa ser culto e
saudável.
Só que aí o governo precisa mostrar serviço, caso contrário a
reclamação maciça e virulenta aflora. Por isto é que estamos em penúltimo lugar
em educação comparada com quarenta países que mais crescem economicamente (só
vencemos a Indonésia)
e gasta metade com saúde do que os países mais adiantados.
Se
os efeitos da atual crise já é devastadora em países com uma população mais
preparada imaginem o que poderia fazer conosco.
E
olhe que a arrecadação do País não é pequena.
Só para ter uma ideia, já estamos
em R$ 1,5 Trilhões. Não gente, trilhão não é um trilho grande. É um número com
tantos zeros depois da vírgula que é até difícil de escrever.
R$
1.500.000.000.000,00.
Já pensou o que faríamos com ¼ disto?
O
absurdo é que não fazem praticamente nada com tudo isto.
Educação...analfabeta,
Saúde...doente, Transporte...gado e por aí vai.
O
pior é que ao dizer que não tem “verba para isto“, o que seria obrigação do
governo, é empurrada como obrigação para as empresas. Por isto os convênios
médicos, cestas básicas, quotas de aprendizes etc...
Só que obviamente estes
custos estão embutidos nos preços dos produtos que a população compra.
Com isto
todos nós pagamos duas vezes tudo isto.
E a população mais carente que recebe
os “bolsas tudo” devolvem tudo na forma de impostos para os bolsos de quem os
presenteou.
Trabalhamos cinco meses todo ano, para pagar impostos. Isto quer dizer que são cinco meses, que o
governo coloca a mão no seu bolso e tira tudo o que ganhou.
E você que se vire
para sobreviver.
É uma verdadeira sopa de letrinhas de impostos:
IOF,
ICMS, COFINS, CSLL,
TCFA, ISS, IE, II, IPI, PIS, IR...
Esta
semana uma coisa aconteceu que poderá ser o estopim de uma grande mudança, mas
que foi parcamente anunciada na imprensa, ofuscada pelos escândalos de
corrupção.
O Procom conseguiu que seja obrigatório discriminar o valor dos
impostos em separado nos preços dos produtos que compramos. O que era escondido
a sete chaves pelo governo, será escancarado, como aliás já é na grande
maioria dos países ditos desenvolvidos.
Agora a população vai começar a
entender o quanto realmente paga de impostos e o quanto recebe de volta.
Afinal
entender o significado de um trilhão é coisa para economista.
Perguntas
como onde estão as escolas públicas com ensino de qualidade?
Onde estão os hospitais
públicos que deveriam curar a população?
Onde está o transporte público decente
e eficiente?
ecoarão por Brasília.
Com
o passar do tempo e a adesão de mais gente gritando, os gritos serão tão altos
que com certeza quebrarão os vidros dos majestosos palácios.
Será
a única forma de o governo fazer o que prega às indústrias: sejam mais
criativos e eficientes.
Será obrigado a cortar drasticamente os impostos
cobrados da população ou melhorar meteoricamente a qualidade dos serviços sob
risco de uma revolução civil.
Não
que eu pregue isto. Mas o que prego, é que defendamos nossos direitos como
defendemos nosso time de futebol do coração.
Bebamos
à isto.
ACORDA BRASIL
Parabéns,por essa reportagem. Quem sabe assim,conseguimos alguma mudança.
ResponderExcluirTexto excelente, bem escrito e esclarecedor.
ResponderExcluirRony, voce foi demais. Parabens vamos fazer ecoar no Brasil este texto verdadeiro e sensato.
ResponderExcluirÓtimo texto! Pena termos que viver nessa realidade!! Bjs Ka
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