sábado, 13 de outubro de 2012

Essence of a Ironman - Tribute to Triathlon


  Não vou falar de política hoje, esperando passar um pouco a overdose do primeiro turno.

   No meu ultimo blog falei de Ironman (Homem de Ferro). Disse também que me orgulho em fazer parte desta elite do esporte.

  O Triathlon e o Ironman, ao contrário do que muitos pensam, não exige que se seja um super  atleta para participar e completar a prova de 3,8Km de natação, 180Km de ciclismo e 42Km de corrida (uma maratona), isto tudo dentro de um período entre sete horas da manhã e meia noite do mesmo dia (se não chegar até meia noite, não se completou a prova).

  Exige sim homens, mulheres, quer sejam jovens, maduros, melhor idade ou idoso com força de vontade e determinação de vencer desafios, com mente forte para continuar quando o corpo implora por parar. É uma prova de superação.

  Mas é um esporte individual. Você compete muito mais com você mesmo, seu corpo e sua mente, do que com os outros competidores. Assim você pode não ir bem em uma competição, caso seu corpo não tenha acordado bem, aquela madrugada.











  Entrem no link e assistam e se deletem com o vídeo do Ironman de Kona no Havaí de 2008.

Ironman World Championships Kona Hawaii 2008



   É um esporte que forja amigos de verdade.

   O espírito de união é fortíssimo e latente, antes, durante e depois da competição.

  Tem algo melhor do que após uma dura prova, sair com os amigos, que também competiram, para comemorar?

  Por isto digo que os triatletas formam uma tribo.

  Que o digam Camilo Muradas, James Alvim, Marcelo Brito, Paulo Souza, Roberto Skaf, Carlos Ferro, Renato Vinagre, Antonio Sproesser e tantos outros, também com seus cônjuges.

  E esta amizade perdura mesmo caso se afaste do esporte.

  Há alguns anos, minha vida, virou de cabeça para baixo. Perdi o interesse por tudo, inclusive pelo esporte. 

  Mas o triathlon é um vírus. Não existe remédio contra ele. Pode ficar adormecido, mas quando menos se espera, volta a agir.

  Percebi que estava de novo sendo atacado pelo vírus, quando estava no aeroporto de Porto Alegre, na volta de uma visita à porção de meu sangue que lá mora.

  Me deparei com um grupo de triatletas voltando de uma competição, com suas bicicletas e demais equipamentos.

  Uma energia, velha conhecida, percorreu minhas veias naquele momento. O vírus havia acordado de seu período de hibernação.

  Paulatinamente, como o nascer do sol, foi voltando minha testosterona triatlética.

  Pouco a pouco, fui me motivando e voltando aos treinos, até para perder e não mais encontrar, os trinta quilos, minha herança deste período.

  Poucos imaginam, acho que somente os que já o fizeram, a sensação cósmica de cruzar a linha de chegada de uma competição de Ironman.

  Seja super atleta, seja apenas um atleta, uma dona de casa, um trabalhador, um profissional liberal, um executivo, um deficiente físico, a experiência é intensa e única.

   A sensação de ser um Homem de Ferro, que nem a água do mar pode enferrujar.

  A preparação para a prova, é tão dura e toma tanto tempo, que coloca à prova até o relacionamento familiar.

  Mas para todos eles, esta sensação ofusca os problemas. A imagem de pais, cônjuges, filhos se abraçando após a chegada, não tem preço.

  Muitos, com suas forças exauridas se arrastam até a linha de chegada, buscando as últimas energias para fazê-lo. Alguns por motivos diversos, não logram terminar, mas um Ironman não desiste. Na próxima competição ele lá estará tentando vencer os desafios.

  Não vou resistir à fazer um comentário.

  Toda a população Brasileira pode se considerar um Ironman. À despeito de tudo e de todos (cada um entenda como quiser), com todas as suas dificuldades, encontra energia para seguir em frente. E é sem dúvida nenhuma um povo alegre admirado por todo restante do planeta.

  Gostaram? Sentiram uma energia diferente passando pelas suas veias? Então coloquem seus calções de banho, peguem suas bicicletas, calcem seus tenis e me acompanhem.

 Have you TRI...IT


4 comentários:

  1. bem vindo de volta rsrsrs!!!
    Renée

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  2. Que bom ver meu "velho" pai atleta de novo! Bjsssss Ka

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  3. Grande texto Rony. Energia nas palavras e motivação nas ideias. Vc tem toda razão. A sensação de cruzar uma linha de chegada não tem preço -- independentemente do tempo que vc levou para chegar até ali. Só quem corre pelo prazer de correr entende completamente o que vc diz. Eu mesmo voltei a correr depois de 15 anos de sedentarismo, e a sensação só é sentida por quem está ali vencendo cada etapa desta competição individual, interior. Força e muita endorfina...valeu !Hélio

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  4. Senti uma energia enorme que está vindo da sua vontade de voltar ao esporte, vamos torcer! Maria Thereza

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