domingo, 23 de setembro de 2012

Varrendo a sujeira para debaixo do tapete


  Desde os tempos dos nossos avós, sabemos que não se brinca com doença. Os famosos provérbios “Uma maça por dia, afasta os médicos” ou “Uma canja de galinha é o melhor remédio” eram seguidos até que a situação se agravasse. A partir daí era médico, remédios fortes e até hospital.

  Não se brinca com doença. Ela destrói o nosso organismo e quando aparecem os sintomas, já pode ser tarde. Por isto a obrigatoriedade de nas publicidades de remédio incluir a frase: “Não desaparecendo os sintomas, consulte um médico”.

  Alguns mais hipocondríacos tomavam antibióticos, anti-inflamatórios e outros potentes remédios, “só por precaução”. Por isto com razão o governo resolveu vincular a uma receita médica a aquisição destes medicamentos.



  Além disso quando um paciente faz um exame e o resultado mostra que está fora dos parâmetros normais, o medico trata o problema, não muda os parâmetros normais para que o paciente pense que está saudável. Adianta dizer para um paciente com 40º de febre, que agora esta temperatura passou a ser normal pelos médicos?



  Mas por que estou falando tudo isto? Porque tudo isto parece óbvio quando se trata de medicina. Mas pode não ser seguida em outras áreas do conhecimento humano como a Economia, por exemplo.

  Estamos vendo que a economia do país vem mostrando sinais de estar fora dos padrões normais, como mercado estagnado, indústria em franca agonia e PIB (Produto Interno Bruto) caindo assustadoramente. Tudo isto à despeito dos esforços da Presidente Dilma em reaquecer a economia. Ainda não logrou resultado todas as medidas implementadas.

  Mas apesar de ainda existirem inúmeras medidas (remédios) a serem prescritas,  tem médico querendo mudar os parâmetros para que o paciente se sinta normal.

  O IBGE esta semana resolveu que vai alterar a forma de cálculo do PIB (obviamente no sentido de gerar números mais altos) revendo a participação da indústria neste cálculo. Já que ela está atrapalhando a divulgação de números mais positivos, vamos diminuir a sua participação na fórmula de cálculo para não atrapalhar o resultado, que precisa parecer bem melhor, devem estar pensando seus "técnicos".

  Isto se chama varrer a sujeira para debaixo do tapete.



  Com certeza é mais cômodo do que promover uma reestruturação tributária que permita à indústria respirar.

  Outra doença que vem acometendo a nossa economia é a perda de geração de empregos.

  Sabemos que nem todas as pessoas são aptas a exercer qualquer tipo de trabalho. A diversidade de características do ser humano é um axioma.

  Portanto a geração de empregos precisa se dar de uma forma sustentável, distribuída por todos os setores da economia. Porém é sabido que alguns setores tem predominância no emprego de um determinado tipo de ser humano.

   Por exemplo, difícil imaginar um estivador mulher. Da mesma forma o setor de vestuário emprega predominantemente mulheres. 

  Esta semana o TST (Tribunal Superior do Trabalho), decidiu que mesmo no período de experiência ( momento no qual a empresa avalia a aptidão da candidata ao cargo) estiver grávida a mesma adquire estabilidade como gestante e obviamente depois a licença maternidade.

   Ora, como não é permitido que se faça o teste de gravidez quando da admissão para o período de experiência, toda mulher que esteja desempregada pode se candidatar à qualquer cargo em qualquer tipo de empresa que se for admitida como experiência, acaba de ganhar um emprego de pelo menos quatorze meses (os nove meses de gestação mais cinco meses de licença maternidade).

   O TST está no mínimo sendo hipocondríaco. O remédio tomado de qualquer jeito como profilaxia pode matar o paciente, como já vimos. Neste caso está matando o emprego.



  Pergunto, que empresa despreocupadamente irá admitir uma mulher como experiência?

  Os setores como vestuário tendem à desaparecer, seja por altíssimos custos de terem no seu quadro uma quantidade enorme de trabalhadoras mulheres que nunca ligaram uma máquina de costura mas conseguiram o emprego por estarem grávidas ou por se transformarem em importadoras pelo receio destes custos além da já escorchante carga tributária.

  Presidente Dilma, não deixe que setores do governo ou judiciário ponham a perder todo seu esforço.

ACORDA BRASIL


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