domingo, 30 de setembro de 2012

País de Ironmans


    Ironman não é a pessoa que toma muitos comprimidos de ferro.

  Ironman é o atleta, perseverante, disciplinado, decidido, focado, com alto poder de concentração, resistente e que além de tudo isto tem capacidade física de nadar 3,8Km, pedalar 180Km e depois de tudo isto dar uma corridinha de 42Km (distancia da maratona), só para relaxar o corpo.


  Me orgulho de fazer parte desta elite do esporte.



  Deste grupo faz parte também um grande amigo, o engenheiro Paulo  Vieira de Souza, conhecido pelos amigos  como Paulão.

  Acusado injustamente de ter cometido desvios de verbas de obras públicas em São Paulo, em construções como Rodoanel, Complexo Viário Jacu Pêssego, prestou esclarecimentos por cinco horas e meia à CPMI do Cachoeira. Saiu de lá, se não aplaudido, parabenizado pelos deputados e senadores de diversos partidos que o inquiriram. Nenhuma das acusações foi comprovada.

Resumo da semana de 27 a 31 de agosto



  A política é pródiga em discussões, acusações e desmentidos.

  Os problemas precisam ser enfrentados e as verdades precisam ser mostradas.

  Lamento apenas que alguns assuntos, mais políticos eleitoreiros, tomem tanto tempo e energia das cabeças pensantes do País em detrimento de assuntos cruciais como desenvolvimento tecnológico, educação, saúde, geração de empregos ao invés de “Bolsa Esmola”.

  O lobby mais forte de alguns setores da economia junto à membros do Governo e que pouco contribuem, por exemplo, com geração de empregos, acabam por cegar a verdade.

  Pelo andar da carruagem, em pouco tempo, teremos somente um setor financeiro forte, mas de que nada servirá, já que a população não terá dinheiro para neles depositar e também não poderão emprestar pois jamais poderão pagar. Não terão empregos para receber salários.

  Teremos uma indústria automobilística pujante, que importa a grande maioria dos carros que comercializa, mas não conseguirão mais vende-los, já que a população não os poderá pagar. Não terão empregos para receber salários.

  Teremos um varejo diversificado, vendendo uma quantidade inimaginável de produtos importados, mas que não serão usufruídos pela população que ficará apenas os admirando pelas vitrines, já que estarão além das suas posses. Não terão empregos para receber salários.

  Estamos perdendo a concentração e o foco, com isto nos descuidando do que realmente importa.

     O desenvolvimento do Brasil.

   O crescimento intelectual da população com o aprimoramento do ensino público, dando reais possibilidades a todos competirem de igual para igual por vagas nas universidades, sem necessidades de “quotas protetoras”. O dia que atingirmos isto, se a indústria Brasileira, a grande geradora de empregos, ainda existir, teremos a possibilidade de oferecer mais e melhores empregos, gerando com isto, a verdadeira melhoria financeira da população.

  Se for necessário, vamos colocar mais Ironmans do que já temos, na política, a fim de atingirmos este objetivo.

  Recebi esta semana uma estória escrita em Portugal, mas que na verdade faz referência à todos os países que descuidam de suas indústrias exatamente como o Brasil tem feito.

  Leiam, reflitam e me digam se não tenho razão.

Portugal 
  

Made in Portugal


O ZÉ, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egypt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.

Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Czech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).

Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapore) e um relógio de bolso (Made in Swiss). 

Depois de preparar as torradas de trigo (Made in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas. 

Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (Made in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.

Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o Zé decidiu relaxar por uns instantes. 

Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (Produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonesia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...

ACORDA BRASIL

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